Alexandro Garcia fala sobre o discurso vendido para se acabar com direitos trabalhistas e a Previdência

Alexandro, ao centro, com outros colegas sindicalistas, após reunião na Prefeitura, fala sobre o momento atual do país

 

O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Salto, Alexandro Garcia Ribeiro, nos encaminhou um texto onde fala sobre o discurso do atual governo.

Em sua opinião, o atual governo diz que é preciso equilibrar a “dívida pública” como desculpa para eliminar direitos trabalhistas e acabar com a Previdência Social.

Para isso ele mostra um gráfico  elaborado pela Auditoria Cidadã da Dívida, onde se vê que o Orçamento Geral da União não é comprometido pela Previdência.

Esse relatório vem sendo criticado por pessoas ligadas ao mercado financeiro ( donos de multinacionais, banqueiros, a grande elite burguesa que ainda impera no mundo) e também por outras pessoas que acabam repetindo tais críticas.

Para ele, infelizmente, muitos trabalhadores repetem tal falácia porque são treinados para aceitar as condições impostas por seus patrões. Esses, por outro lado, só servem ao grande mercado financeiro:

Fonte: http://www.camara.gov.br/internet/orcament/bd/exe2016mdb.EXE
(Elaboração: Auditoria Cidadã da Dívida.)

“No discurso do atual ministro da economia Paulo Guedes o grande devedor está sinalizado no campo amarelo demonstrado acima, juros e amortizações da divida que equivale 43, 94%.

Em outras palavras, ele culpa o trabalhador, que está endividado e que deve para o banco e cujo nome está processado.

Inegavelmente isso faz parte do discurso para alienar o povo e induzir a aceitação de que o Brasil está falido e se faz necessário um corte fatal nos recursos para Educação e Saúde e das políticas públicas assistenciais.

Quanto às políticas assistenciais, boa parte dos recursos é distribuída por meio da Previdência Social, que ainda tem recursos.

Diz-se que nos governos comandados pelo PARTIDO DOS TRABALHADORES, houve crédito acessível aos mais pobres e que eles compravam muito e aumentavam a inadimplência.

Mas, frisa-se, essa é outra mentira do atual governo, pois, se o povo comprava, é porque entre 2004 até 2013 a economia estava em alta e o desemprego em baixa.

E isso foi verdade mesmo depois do golpe que iniciou no ano de 2013.
O que é amortizações da dívida? É usado como alternativa para quitação de dívida por meio de pagamentos periódicos, com prestação correspondente à soma do reembolso do capital (dinheiro) ou do pagamento dos juros do saldo devedor.

Logo essa prática é milenar e ocorre desde que o mundo era dividido por reis e plebeus, classes alta, média, baixa e miserável.

Mas a tática para manter-se no poder e explorar a classe trabalhadora ainda é uma doença crônica.
Logo, acreditar em crise econômica é aceitar as correntes da escravidão de um sistema imperialista que nunca deixou de existir.

Isso ocorre, sobretudo, quando se profere que a dívida é pública e o trabalhador entende no “eco” público sendo dívida do povo.

Significando assim o trabalhador honesto, que mesmo renegociando sua dívida, não consegue quitá-la, e assim torna-se escravo dessa falácia muitas vezes produzida pela velha mídia golpista.
Para alguns políticos comprometidos com o “grande capital” internacional isso é uma tática.

Assim como no governo do Temer, após o golpe de 2016, a retórica era convencer o povo que a culpa foi gerar emprego e acessibilidade ao pobre que e isso fez o “buum” dessa tal dívida.

Em resumo, isso faz parte do processo de alienação, para que o povo acredite que tenha que pagar a conta.

(Acessar: https://www.youtube.com/watch?v=LFejEulrLVs)

Giro pela história, juros e amortização da divida da Família Real de Portugal.

Princípio da falsidade que o povo o trabalhador que sempre tem que pagar a dívida dos ricos.

Dom João e sua família ficam sabendo que as tropas de Napoleão Bonaparte (França) estão prestes a invadir Portugal e recorre à Inglaterra, que fornece navios para que eles fugissem para o Brasil, com mais de 30 mil nobres e suas famílias.
Porém os franceses ficaram em Portugal poucos meses porque o exército inglês derrotou as tropas de Napoleão.

Assim os portugueses exigiram o retorno do rei.

No ano de 1820, ocorreu a revolução do Porto e os revolucionários exigiram o retorno de D. João VI.

Els também pediam a aprovação de uma constituição portuguesa.
Em 1821 D. Pedro assumiu como príncipe regente, e em 1822, para que o Brasil tivesse sua Independência, foi feita a amortização da dívida de Portugal.

Isto é: mesmo a família real tendo explorado e levado boa parte da riqueza do brasil para Portugal, o país, para que se desligasse e tivesse sua independência, teve que assumir uma dívida que não era sua, gerando assim a primeira divida externa com a Inglaterra.
Para tanto verificamos, quão grave esse processo é, pois, passa a se naturalizar culturalmente.

Atualmente é sabido que o presidente Americano Trump ajudou Temer no curso do golpe de 2013.

Ele emprestou bilhões de dólares para que um governo legítimo fosse tirado do poder.

Diante disso, se gerou essa crise econômica e eles usam o discurso, dito por todos os cantos, de que o governo quebrou o país.

Mas isso é uma mentira.

Hoje notamos que a cobrança vem com juros milionários e está vinculada à entrega de nossas riquezas naturais: mineradoras, nossas florestas, nossa água, o ar, a terra e o mar.

E ainda de brinde leva o povo, os jovens para morrerem em guerras, os índios para servirem de escravos nas florestas, a família para servir de consumidores dos venenos que eles produzem e que já mataram muitos estadunidenses, nova-iorquinos enfim.
Fica mais uma pergunta, até quando vamos nos deixar enganar?