Inegavelmente parece filme repetido.
Mas é justamente esse sentimento que não pode existir, o da gente achar que isso é normal.
Definitivamente não é normal. Infelizmente não pode ser considerado normal.
A morte de peixes que está sendo verificada no Rio Tietê, desde ontem, dia 23, não é normal.
Em outras palavras: É MAIS UM CRIME AMBIENTAL.
Crime este que deveria ser creditado ao governo do Estado que parece ter esquecido das ações em favor do Rio Tietê.
O débito ainda deve ser posto na conta das empresas que insistem em poluir os rios e córregos que deságuam no Tietê.
E a lista de devedores ainda é maior. Os nossos políticos, que pouco fiscalizam, que pouco exigem, que fazem “marketing” com as ações em favor do rio, desde os longínquos anos 90.
Quem lembra do ex-governador Antonio Fleury Filho jurando que o Tietê estaria despoluído em 1994?
Apenas para elencar a lista recente de políticos: o atual ministro do Meio Ambiente, Ricardo Sales (aquele que jura que não tem queimadas na Amazônia e no Pantanal e que as coisas lá estão sob controle), quando secretário estadual do Meio Ambiente, em Salto, garantiu que o Rio Tietê ia melhorar.
Ele prometeu muitos recursos em favor de Salto e…. NADA…
A conta ficará para o próximo prefeito de Salto, a ser eleito em 15 de novembro, que precisará mostrar força para cobrar. Para gritar pelo menos.
Por fim, a conta desse crime também é de cada cidadão que joga de bituca de cigarro a capacete de moto, de bola infantil a absorventes íntimos nas ruas. Tudo é arrastado pelas chuvas e chegam aos rios e chegam até nós.
E, azar de quem mora perto do Córrego do Guaraú, no Madre Paulina, obrigado a conviver com mau cheiro insuportável de tanto peixe morto e centenas de urubus “felizes” com o banquete fácil.
Azar de quem convive ou mora perto do Rio Tietê e precisa suportar esse que é o rio mais importante do Estado, diariamente destruído por todos nós.
Quer ver outra matéria do Blog do Nelson Lisboa sobre as agressões ao Rio Tietê? Veja essa, clicando aqui.