Clima tenso anterior elevou temperatura e após São Gabriel/2R vencer Nações nos pênaltis, houve invasão, briga generalizada e ação forte da GCM
A beleza da partida entre Nações e São Gabriel/2R, empatada no tempo normal e decidida nos pênaltis, com vitória do 2R, foi manchada pelos episódios ocorridos depois da cobrança.
Torcedores do Nações FC invadiram o campo em protesto, alegando provocações por parte de torcedores do 2R e foi preciso a GCM intervir.
Testemunhas relatam que o tumulto teria começado após um torcedor do 2R entrar em campo com uma bandeira e fazer gestos provocativos em direção à torcida adversária.
A equipe de controle de grandes públicos da GCM interviu fazendo uso de balas de borrachas para separar as pessoas que trocavam socos.
Mas as brigas, conforme relatos dos que estavam no campo, duraram mais de 10 minutos e outros focos de conflitos ocorreram.
Como mostramos ontem, a porta de acesso à Academia do Estádio foi danificada.
Ainda neste sentido, um portão para controlar o acesso foi avariado e houve outros problemas.
Além disso, diversas pessoas teriam sido feridas com balas de borracha durante a dispersão dos tumultos.
Campo – No campo, as duas equipes fizeram um jogo digno de uma final, marcado por equilíbrio e emoção do início ao fim.
Após o empate no tempo regulamentar, o jogo foi decidido nos pênaltis, com a equipe do São Gabriel se consagrando campeã ao vencer por 3 a 2.
O impacto da confusão
Infelizmente, a briga generalizada durante a invasão do campo resultou em torcedores feridos de ambos os lados.
Para muitos, o ocorrido representou uma quebra da essência do esporte, que deveria promover união, saúde e lazer.
O que dizem as autoridades
Em nota, a Secretaria de Esportes comentou brevemente sobre o caso, afirmando que:
“minutos após o término da partida, alguns torcedores do Nações pularam o alambrado, o que gerou empurrões entre os dois lados. A GCM interviu e normalizou a situação”.
Copa SP Jr – A Secretaria não respondeu se o fato afetará eventos futuros, como a Copa São Paulo, programada para janeiro de 2025, nem sobre quem arcará com os prejuízos do espaço público.
Lidesa – Paulo César Sombini, presidente da Liga, classificou o episódio como “lamentável”, mas destacou a atuação dos diretores dos clubes na tentativa de apaziguar os ânimos.
Segundo ele, “algumas pessoas esquecem que no local há crianças, idosos e mulheres”.
O que dizem os clubes
O Blog do Nelson Lisboa procurou ouvir responsáveis pelos dois times, para suas versões sobre os fatos lamentáveis.
Rodrigo Lourenço, presidente do São Gabriel/2R comemorou a vitória e elogiou o trabalho de sua equipe, mas lamentou o episódio final.
Ele diz: “rezamos para tudo transcorrer bem. Respeitamos muito o time das Nações e esperamos que todos estejam bem”.
Por outro lado, Márcia do Carmo Silva Costa, presidente do Nações FC, criticou duramente a organização do evento.
Segundo ela, “tudo começou errado e não poderia terminar certo”.
Márcia destacou falhas na arbitragem em jogos anteriores e problemas na escolha do local da final, que inicialmente seria no campo do Nações.
Ainda criticou o uso de balas de borracha pela GCM durante a confusão, afirmando que a ação feriu torcedores e foi desnecessária.
Márcia revelou ainda o descontentamento de diversos clubes com a organização do campeonato, o que pode levar à desistência de alguns times na competição de 2025.
Segundo ela: “em 2023, também fomos vice-campeões, mas tudo ocorreu de forma pacífica”.
Mas, conforme suas palavras: “Este ano, a má organização e a falta de responsabilidade por parte da Secretaria de Esportes e da Lidesa geraram um ambiente tenso”.
O futuro do esporte amador em Salto
Infelizmente, o ocorrido acende um alerta sobre a segurança e a organização de eventos esportivos na cidade.
Embora o Campeonato Amador tenha sido uma importante vitrine do futebol local, o episódio final evidencia a necessidade de medidas mais rigorosas para garantir a integridade dos participantes e torcedores.
De fato, para que o esporte continue sendo um símbolo de paz e união, afastando-se de atos de violência que só prejudicam a sua essência.
(Texto: Edy Rodrigues)
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