Convidamos o pai de um jovem dependente químico a nos escrever sobre o desafio de conviver com um filho drogado. Apenas para que possamos enxergar o drama da droga: essa pessoa é conhecida da cidade, é um profissional de destaque em sua área, inteligentíssimo, equilibrado e estruturado e, mesmo assim, convive com o drama de ter um filho drogado. Veja o relato e, caso você tenha esse problema em casa, veja como pedir e buscar ajuda! “Deixar nosso filho numa clínica para recuperação de dependentes químicos foi uma experiência devastadora.
Minha esposa estava mais segura, firme, decidida, fui no embalo, mas parecia que meu coração estava sendo tirado do peito. Os terapeutas recomendaram fortemente que procurássemos algum grupo de apoio, diziam ser importante para nos fortalecermos enquanto ele estivesse em tratamento. Tratamento??? Não é só desintoxicar e voltar para uma vida normal, digna e honesta??? Ah, quanta ingenuidade, quanta ignorância…
Se o pessoal da clínica mandasse tomar água do rio Tietê, era o que faríamos; não propuseram nada disso, indicaram as reuniões do Amor Exigente.
Foi um divisor de águas!! Aprendi que a pessoa “viciada” tem uma doença que se chama adicção. Na Roma antiga quem não conseguia saldar suas dívidas, tornava-se adictu, ou seja, escravo do seu credor.
Trocando em miúdos, o adicto é escravo da substância. Não importa se é álcool, se é o celular/computador, medicamentos ou drogas ilícitas, se aquilo lhe dominar a vida a ponto de todo o resto ficar em segundo plano, é adicto.
Aprendemos que é como diabetes, por exemplo, não tem cura, mas a mudança de comportamento ajuda no tratamento e na recuperação. Recebemos muitas orientações, uma enxurrada delas, todas importantes e necessárias, mas entender que meu filho não é só um sem vergonha, um mentiroso, sem força de vontade, um ingrato, ele tem uma doença e é impotente diante daquelas substâncias, ajudou muito a mudar a perspectiva sobre a situação.
Durante os 6 meses que ele ficou afastado, frequentamos as reuniões nos preparando para recebê-lo, aprendendo sobre a doença e como não sermos os facilitadores para o uso. Continuamos a frequentar as reuniões desde então, nunca perdemos uma porque todos os dias aprendemos algo novo com nossos companheiros de irmandade.
Demorei mais pra aceitar a minha codependência do que a adicção”.
Precisando de ajuda? Procure-nos!! www.amorexigente.org.br ou pelo Facebook Amor Exigente Itu/SP.
O link abaixo leva a todos os grupos de ajuda mútua, relacionado à dependência química.
https://aplicacoes.mds.gov.br/sagi/app-sagi/geosagi/maps/?g=1
Quer ver mais? Veja essa matéria abaixo!
http://revistamarieclaire.globo.com/Revista/Common/0,,EMI217998-17737,00-DROGAS+INTERNAR+A+FORCA+E+A+SOLUCAO.html
Já mostramos outras reportagens com foco no trabalho do Amor Exigente. Veja uma delas, clicando aqui.
