Filhos relatam em BO que ouviram da mãe: “eu vou morrer”

Morte de idosa no hospital está sendo investigada em Salto
Morte de idosa no hospital está sendo investigada em Salto

Filho abre boletim pedindo investigação do atendimento dado à sua mãe no dia 29 de abril;

Secretário da Saúde diz ao Blog que aguarda laudos médicos e apurações

De fato, nada é pior para os filhos ouvirem da sua mãe idosa, agonizando à espera de atendimento, dentro de um hospital, a frase “eu vou morrer”.
Infelizmente isso foi vivenciado por Luiz Vicente de Souza Júnior e sua irmã, no dia 29 de abril.
Eles viram sua mãe agonizando dentro do Hospital Municipal de Salto até a morte, à espera de atendimento eficaz para o quadro.
Lamentavelmente há agravante: a mãe chegou ao PS às 14h, com carta expressa do médico cardiologista para ser atendida na emergência.
Por que? Simples:
Maria Carmélia de França Souza poderia estar em processo de infarto, segundo a análise do médico.
No boletim aberto no dia 2, o filho relata momentos dramáticos:
– Ao chegar no Pronto Socorro não havia cadeira de rodas para ir com ela até a recepção
– Diante disso, teve que ir na entrada da sala de emergência e lá vieram com uma cadeira de rodas e não uma maca para uma idosa de 77 anos.
– Aponta ainda que a mãe foi passando de sala em sala para colher a pressão, o sangue e fizeram um eletro e mandaram esperar.
– O filho diz que ele e a irmã imploraram para a mãe ser internada e ouviram que ela poderia estar apenas com pneumonia.
Detalhe: o diagnóstico de ataque cardíaco em andamento partiu do médico cardiologista.
– Além disso, o filho diz que às 18h não tinham o resultado do exame e sua mãe estava cada vez mais gelada e pálida.
– Diante disso foi ao médico e ambos foram à sala de coleta, onde ouviram (pasmem!):
“fizeram a coleta de sangue em errado, pois há tubo certo para cada tipo de exame de sangue”.
– Ao retornar ao local onde a mãe estava, com a irmã, ouviram a mãe dizer: “vou morrer”.
– Em desespero, com a mãe no colo, começou a implorar por socorro e assim a levaram para a emergência.
– Diz que a mãe saiu de perto dele amolecida e gelada!
E o drama da espera agoniante seguiu, segundo Luiz, por cerca de 50 minutos.
Resgatando trecho da canção “Bala Perdida”, do grupo Facção Central, que cabe nesse momento sofrido:

“o que aconteceu?
Como iceberg respondeu
Oh, sua filha (Mãe) não resistiu, não viu, morreu!”

Luiz afirma ao Blog que sua mãe ficou das 14h até quase 19h, sentada em uma cadeira de rodas, de forma desconfortável.
Ainda emocionado, aponta: “Minha mãe morreu sentada em uma cadeira de rodas. Na hora que a levaram sinto que ela já falecera”.
Também acrescenta que não recebeu, desde o dia 29, nenhum contato da Prefeitura ou da gestora do hospital.
Diante disso tudo, a família avalia acionar um advogado para acompanhar o caso.
Aindisso, precisou ir 3 vezes ao Hospital até conseguir cópia do prontuário do atendimento da mãe, que é de direito.

Secretário da Saúde: “os médicos têm até 10 dias para entregarem os relatórios”

O secretário da Saúde, Fernando Amâncio, ouvido pela reportagem, diz que aguarda o relatório dos médicos que atenderam dona Maria no dia 29.
Ele garante que ela não deixou de ser atendida e que investigações estão sendo feitas para avaliar todos os momentos.
Aponta ainda que “se houve erro, ninguém é imexível e medidas serão tomadas”, garantiu.

Então agora reveja a matéria em nosso site, relatando a morte de dona Maria.

Como você chegou até aqui, que tal clicar e seguir nossas redes sociais?

Por outro lado, você pode compartilhar nossos conteúdos em suas redes também.

Compartilhe este conteúdo em sua rede social favorita

Deixe um comentário