Você precisa ler esta matéria: mãe e filho têm nomes preservados, mas drama serve de alerta para entendermos que a pandemia não passou, atinge crianças e deixa duras sequelas
Infelizmente é um fato duro dizer: a pandemia da Covid-19 está longe de acabar. E ela continua atingindo pessoas e deixando duras sequelas. Veja o caso dessa mãe (que vamos chamar de Maria) e de seu filho pequeno (que vamos chamar de Pedro).
Além disso, frisa-se: ela se identificou perante o Blog e pediu para contar sua história para alertar outras mães e a todos sobre essa doença cruel.
Seu filho menor de cinco anos luta hoje contra a Síndrome Inflamatória Multissistêmica pediátrica Pós-Covid-19. É importante lembrar: essa é uma das sequelas mais duras que a doença deixa em crianças.
“Nelson, acompanho seu trabalho no Facebook e gostaria de fazer um alerta aos pais e responsáveis por crianças.
Meu filho teve uma síndrome rara semanas após ser infectado pela Covid. Ele não teve nenhum sintoma convencional.
Em casa, eu e meu esposo fomos infectados e, com a graça de Deus ficamos bem. Porém, meus filhos não tiveram sintomas.
Após cinco semanas da nossa infecção, meu filho começou a ficar muito doente. Levamos ele várias vezes na Unimed, sendo feito o diagnóstico de uma virose forte.
A febre dele era alta e não passava nunca. Além disso, ele vomitava muito e tinha grande desconforto abdominal. Ele também não comia e não parava em pé e começou a sair bolinhas vermelhas em suas mãos e pés.
Retornamos ao hospital e o médico estava achando muito estranho, decidindo interna-lo, para novos exames.
No ecocardiograma apareceu uma inflamação em seu coração, que estava dilatado e inflamado.
Alguns dias depois, em casa, o filho teve uma parada. Seu coração fraco não conseguia mandar sangue ao corpo. Após seis dias internado, melhorou, teve alta e em casa está tomando medicação.
Seu quadro ainda é perigoso e ele será acompanhado pelos médicos porque foi diagnosticado com Sim-P (Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica).
No país são cerca de 600 casos apenas. Era algo que eu nunca tinha ouvido falar. Até os médicos não sabiam muito sobre essa doença associada à Covid.
Por isso, gostaria de deixar meu depoimento como alerta para a população. Essa síndrome rara existe e precisa de um diagnóstico rápido para entrar com a medicação certa.
Só oro e peço a Deus que não deixe sequelas em meu filho e que ele se cure totalmente. Essa é uma doença desconhecida por mim e acredito que por vários outros pais. Agradeço se puder fazer matérias sobre essa síndrome pós covid para os pais ficarem em alerta”.
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