Matéria especial: o drama da falta de água em conjunto habitacional do Jardim Marília em Salto

 

Abastecimento de Água em Salto
Moradores relatam drama da falta de água e lamentam dificuldade para contato com o SAAE (Fotos: Edy Rodrigues)

Mais de mil pessoas sofrem com falta de água, especialmente as famílias com pessoas acamadas

 Os moradores do Conjunto Habitacional Rio Branco, localizado no Jardim Marília, em Salto, enfrentam um sofrimento diário causado pela falta de constância no fornecimento de água.

Inquestionavelmente, a situação é preocupante, pois segundo relatos à reportagem do Blog do Nelson Lisboa, a água chega poucas vezes por semana e de forma insuficiente, dificultando atividades essenciais.

 

Histórias de Desespero

Telma Tereza Camargo Modesto, moradora do bloco 13, relata que está sem fornecimento de água desde domingo, dia 15.

Segundo ela, “não temos água nem para o básico dentro de casa. Quando ligo para o SAAE, dizem que vão enviar caminhão-pipa, mas, quando vem, é insuficiente para atender todo o conjunto. Estamos vivendo uma calamidade”.

A situação se agrava pelo fato de seu esposo ser cadeirante: “Ele fez fezes e não tive água para dar banho nele, precisei jogar as roupas dele no lixo. Isso é desumano”, lamenta, com tristeza.

Marcos Henrique, morador do bloco 11, também descreve os dias como difíceis.

Sem alternativas, tem buscado água em casas de amigos em bairros próximos e toma banho na residência de sua mãe, que mora no Jardim São João.

“Aqui vivem mais de 1.000 pessoas, em 320 apartamentos. Estamos clamando por ajuda do poder público”, apela.

No bloco 4, Gisele conta que precisou recorrer à compra de galões de água para o uso diário.

“Pago R$ 95 de conta de água todo mês, mas não recebemos o serviço. Isso é uma injustiça. Não estamos pedindo nada de graça, só queremos que nossos direitos sejam respeitados”, declara.

Simone de Melo, do bloco 7, descreve a situação como “complicada e horrível”.

Inevitavelmente, essa realidade traz sofrimento às famílias. Já Claudinéia Aparecida Pereira, também do bloco 7, enfrenta desafios ainda maiores por ter um esposo acamado.

“Sem água, é difícil dar banho e lavar as roupas dele. Tenho comprado água para o uso diário, mas é uma luta. No meu bloco, há outros idosos e pessoas acamadas que também sofrem com essa situação”, relata.

 

Soluções Emergenciais

Alguns moradores chegaram a contratar caminhões-pipa de uma empresa de Indaiatuba, pagando R$ 500 por cada carregamento.

Eles afirmam que, mesmo assim, a água não é suficiente.

Ademais, muitos acreditam que a situação possa ter relação com os resultados das últimas eleições municipais, sugerindo que o problema seja resultado de uma “pirraça” dos atuais gestores.

Posicionamento da Prefeitura

Em entrevista recente, o prefeito Laerte Sonsin Junior afirmou que o consumo elevado de água em algumas regiões de Salto tem impactado o fornecimento.

Segundo ele, o SAAE está se esforçando para atender a demanda e tem disponibilizado caminhões-pipa como medida emergencial.

 

Clamor por Soluções Definitivas

 

Enquanto isso, os moradores seguem buscando soluções alternativas e clamando por uma resposta efetiva das autoridades públicas.

A falta de água não é apenas um transtorno, mas uma violação dos direitos básicos.

E isso atinge especialmente os mais vulneráveis, como idosos e pessoas com deficiência.

Incontestavelmente, é urgente que medidas definitivas sejam tomadas.

Sendo assim, o jornalismo do Blog do Nelson Lisboa continuará acompanhando o caso.

Continuaremos, de fato, cobrando soluções para aliviar o sofrimento dessas famílias.

Afinal, todos são humanos e merecem ser respeitados pelos gestores.

(Reportagem especial de Edy Rodrigues)

Veja um vídeo com um morador do Jardim Marília, em nosso canal no Youtube

Lamentavelmente o problema não se resume a apenas um bairro. E não é de agora.

Veja só essa reportagem nossa, do mês de junho, onde a situação nos bairros permanece e tem se agravado

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