Murilo Lisboa discute a obra 1984 de George Orwell

Livro 1984 de George Orwell
Jovem colaborador do site relaciona Livro 1984 de George Orwell com a realidade da China em segurança pública (fotos: reprodução)

Neste artigo para nosso site, o colaborador Murilo Lisboa fala sobre a Obra Clássica da Literatura Mundial: 1984, de George Orwell.
Além disso, ele relaciona a obra com a questão da segurança pública no Brasil.
Confira o texto do jovem!
“Apesar disso não se tratar de uma recomendação de livro ou sequer uma versão alternativa do quadro (Dica do dia) decidi por escolher essa obra para elucidar o tema, já que o autor (George Orwell) e o próprio ”1984” foram muito usados como fonte de teoria política por parte de deputados brasileiros.
Exemplo do deputado federal, que inclusive nasceu em Salto, o Kim kataguiri. Ele, em sua série de vídeos ”Stalinismo tá na moda”, fala da obra e também do outro livro do George Orwell, A Revolução dos Bichos.
Ele não diz apenas que ambas são obras de ficção, fábula ou contos.
Ambas as obras fazem uma sátira em relação a governos populares pelo mundo, no caso da ”Revolução dos Bichos”. Nesta obra o autor adapta a Revolução Russa usando animais de uma fazenda.
Por outro lado, em “1984” que é o tema desta dissertação, cria um mundo do zero, que é dominado pelo ”Big Brother” e o partido que comandam e observam a todos.
Ele faz referência à centralização da organização desses países, se tornando critério do que significa ser uma ditadura ou democracia por parte da hegemonia midiática. Entretanto, será que esses países de fato são tão ruins quanto esses livros fantasiam?
Para trazer a materialidade ao tema, falarei de um dos países muitas das vezes associado ao ”Big Brother”, que seria a República Popular da China, um país socialista com elementos da cultura chinesa e 1,411 bilhão de pessoas compondo seu território.
Com esta população, o desafio de manter a segurança é enorme, muito mais do que os países nórdicos, que beiram no máximo 10 milhões de habitantes, com territórios menores do que o estado de São Paulo.
Pensando nisso o Partido Comunista Chinês orientou a construção de milhares de postos policiais e o recrutamento de milhões de policiais que atuam 24 horas por dia em todo o território.
Além disso, o Relatório de Análise de Patentes de Tecnologia de Segurança divulgou que hoje em dia a China lidera 54% das patentes tecnológica de segurança pública do mundo todo.
São itens que refletem no cotidiano das operações policiais como óculos equipados com inteligência artificial que fazem reconhecimento facial para localizar suspeitos e pesquisar informações sobre a pessoa.
Há também 600 milhões de câmeras equipadas em espaços públicos, usando as mesmas tecnologias para detectar fugitivos e potenciais pessoas perigosas, além de armas de fogo e armas brancas.
Tudo isso combinado leva a diminuição constante da taxa de criminalidade, de 0,56 mortes a cada 100.000, para 0,53 de 100.000 no ano de 2018.
Agora a única forma desta análise ser concreta quando falamos na qualidade da segurança pública da China, conhecida por ser uma ”ditadura” é comparar com a ”liberdade” e a ”democracia” do outro lado do mar, os Estados Unidos da América.
Veja só: Os EUA tinham em 2023 cerca de 334,9 milhões de habitantes e conforme a UNODC, a taxa de homicídios de 6,84 por 100.000 pessoas.
Traduzindo: a taxa de homicídios do “Bastião da Democracia” é 12 vezes maior do que na Ditadura Comunista Chinesa, onde quem faz a segurança não é o indivíduo armado até os dentes por conta própria e sim uma poderosa organização policial tecnológica que está presente nas ruas a todo momento.
Toda a compreensão moderna de autoritarismo foi moldada por obras de arte financiadas pela CIA, algo revelado no livro: “Quem Pagou a Conta? A CIA na Guerra Fria da Cultura” uma reportagem-denúncia de Frances Stonor Saunders, que inclui o próprio George Orwell nesta folha de pagamento e até Henrique Fernando Cardoso no Brasil.
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Arcane: Utopia e Distopia

Livro 1984 de George Orwell
Você conhece essa série da Netflix?

Engrenagens empurram umas às outras, dando movimento a máquinas com mecanismos mais complexos alimentadas pela energia do vapor, sustentando cada uma das necessidades da sociedade, desde a água, energia e o fornecimento de comida!
Essa é Piltover uma cidade utópica protegida pelo avanço da ciência.
Em contraponto, no subterrâneo longe da cidade, criminosos e pessoas enfermas se escondem, sem ter para onde ir e são aliciadas por organizações criminosas e sofrem com a corrupção policial!
Essa é Zaun, o submundo de Piltover.
A série animada da Netflix conhecida por ”Arcane” tem como foco nas irmãs Vi e Jinx, que lidam com problemas sociais e pessoais de onde vivem, roubam para sobreviver e lutam para não morrer nas vielas de Zaun.
Abordando a temática inclusiva, essa obra se torna simplesmente relevante e atual, refletindo as condições das favelas em relação aos condomínios, apartamentos e bairros caros, onde somente a força armada do governo atua dentro das comunidades.
No dia 23 de novembro foi lançado os últimos episódios da última temporada, concluindo a história.

Arcane
Colunista relaciona temática de série da Netflix com a realidade no Brasil (Foto: Tuca Vieira / BBC News Brasil)

Fica a dica”.

Reveja outro artigo do jovem escritor, Murilo Lisboa, já divulgado em nosso site

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