O jovem saltense Cleberson de Paula Leite, de 22 anos, aceitou nosso convite – e desafio. Ele sonha ser jornalista um dia e, a nosso pedido, envia um texto falando do BRUTAL ASSASSINATO do jovem congolês Moise Mugenyi
Confira o texto do jovem e depois, clique aqui e deixe sua opinião em nosso facebook. Ou, clique aqui e visite o instagram do rapaz.
“O jovem congolês Moïse Mugenyi foi brutalmente assassinado na segunda-feira (24) depois de cobrar duas diárias no valor de 200 reais por seu trabalho em um quiosque na Barra da Tijuca Zona Oeste do Rio de Janeiro. Moïse foi morto a pancadas, atingido com pedaços de pau e taco de basebol, por mais de 15 minutos.
Saiba mais – Há um sonho por trás da história de quem vem refugiado de guerras, fomes, e muitas outras ocasiões que levam as pessoas deixarem seu país.
A verdade é que, infelizmente, em qualquer lugar do mundo, ainda ocorrem três fatos que são inaceitáveis: o Racismo, a Xenofobia e a falta de compaixão pela vida do próximo!
Ao citar o Brasil em sua fala Yannick Kamanda, primo de Moïse, diz que a pátria é uma mãe.
Percebe-se nessa fala que a esperança de encontrar no Brasil a paz era grande e que a vida era melhor do que de onde vieram.
Se engana quem pensa que essa luta acabou, o racismo e a xenofobia não dão sinais que estão próximos do fim.
Mesmo que esse caso seja solucionado e os criminosos venham a pagar, onde está a conscientização do resto da população?
E o incentivo para se respeitar qualquer pessoa?
Temos que vestir a camisa da paz.
Somos um país laico, diversificado em todos os sentidos!
Está na hora de conscientizar que somos todos importantes, não importa cor, raça, sexo, crença, etnia. Somos seres humanos!
Família fugia da guerra civil no Congo
Moïse Mugenyi veio ao Brasil em 2011 para estudar. Sua família veio em 2014, fugindo de uma guerra civil na República Democrática do Congo. A embaixada do Congo no Brasil cobrou o Itamaraty, mas não obteve nenhuma resposta!
Réu confesso
Em uma rede social, Alisson Cristiano Alves de Oliveira publicou um vídeo confessando ter participado do crime, no dia 2. Inicialmente ele se apresentou na 34ª DP (Bangu) e depois foi conduzido para a DH que fica na Barra da Tijuca.
Outro agressor identificado é vendedor de caipirinhas na Praia da Barra e foi preso em Paciência, também na Zona Oeste. Fontes na polícia disseram que ele se chama Fábio Silva. Detido na casa de parentes, agentes contaram que ele confessou o crime.
O terceiro preso não foi identificado pela polícia até a noite de terça. O delegado titular da DH-Capital, Henrique Damasceno, afirmou que as prisões temporárias dos três seriam pedidas à Justiça.
Repercussão mundial – As equipes do PARES Cáritas RJ, do ACNUR (Agência da ONU para Refugiados) e da OIM (Agência da ONU para Migrações) no Brasil lamentam o caso com enorme consternação e esperam que ocaso seja resolvido!