Trazemos hoje um texto poderoso do nosso colaborador, o jovem Murilo Lisboa, do Jardim das Nações. Nesta nova colaboração, ele fala sobre a Feira de Artes Noturna, sobre empada frita e traz como dica uma obra muito bacana.
Confesso, eu não tinha ouvido falar de jornalismo em HQ, como ele mostra na sugestão “Palestinha Ocupada”.
Confira a opinião de nosso novo colaborador:
“Por: Murilo Lisboa
No dia 26 de outubro, na praça XV de Novembro, presenciei a Feira Noturna de Artes e Inclusão Produtiva em Salto, um evento recorrente no município, marcado pelo encontro de comerciantes, cozinheiros, artistas e músicos.
Por isso, registrarei minhas impressões sobre as atrações do evento público.
Além disso, proponho uma análise crítica sobre outra pauta do governo Geraldo Garcia, relacionada ao tema, com uma única pergunta: “Por que não expandir a feira noturna?”
“3.1 Ações culturais descentralizadas, levando a arte para os bairros e regiões de vulnerabilidade social.”
— Plano de governo: 2025-2028
Para fundamentar a importância deste evento, farei uma análise sobre a proposta do governo para a Cultura, expondo minha experiência ao conhecer de perto a empada frita.
Neste dia pude também assistir de perto a um show gratuito de música.
Originária do latim panis, que significa pão, “empada” é uma simplificação da palavra espanhola ”empanada”, preparada com ovos, manteiga, água e sal (podendo ser recheada com o que se desejar).
A origem exata da receita é incerta!
De acordo com o organizador do Festival da Empada Frita de Salto, Claudiney Bravo, ela começou na década de 1940, criada por Dona Nena.
Sua produção era vendida de porta em porta nos domicílios da cidade.
Neste contexto, a empada frita ganha um espaço especial no evento, principalmente o sabor de jaca, que tive o prazer de experimentar.
A atração principal do evento público foi a estreia do show da banda “Potira Electra”, uma celebração da resiliência.
O estilo musical adotado pela dupla (Lilian Tulipa no vocal e Sérgio Cristo na bateria) é influenciado pelo funk brasileiro e pelo rock.
Isso a gente vê na releitura de músicas de importantes artistas contemporâneos, como “Supuesto”, de Marina Sena, “Pretin”, de Flora Matos, e “Chega”, de Duda Beat.
De acordo com o perfil oficial da banda, o nome “Potira Electra” é inspirado numa lenda indígena sobre Potira.
Diz a lenda que sua lágrima se transformou em esperança e sua dor se tornou o símbolo da vida pelo Deus Tupã, após seu amado ir à guerra e não retornar.
Por isso, reforço minha opinião: é fundamental descentralizar a feira noturna da praça XV, levando o evento a outras praças da cidade de Salto (praças que normalmente não têm atividades artísticas ou de comércio) para que a população saltense possa presenciar e ter acesso à cultura da cidade mais perto de casa, de preferência, mensalmente.
Palestina: Uma Nação Ocupada
A obra versa sobre a terra sagrada, berço do rei Davi e Salomão, repartida e conquistada por dezenas de povos diferentes ao longo da história humana.
Terra essa que era conhecida por Palestina até o ano de 1948 e que ainda é palco de sequestros, torturas, campos de trabalho forçado, espionagens e preconceito, por consequência da larga imigração judaica, que chegou no território com a promessa de não prejudicar os direitos civis e religiosos das comunidades não judaicas da Palestina, quebrando o tratado com atuação de grupos armados judaicos que nunca mais pararam de anexar territórios.
Escrito e desenhado por Joe Secco, o quadrinho “Palestina: Uma Nação Ocupada” publicado em 1993, é um dos pioneiros do jornalismo em quadrinhos (também chamado de JHQ).
Nesta obra acompanhamos a viagem do autor por Israel, Ramallah e Jerusalém, enquanto documenta relatos, fotos e recordações da situação dos palestinos em relação ao domínio colonial do partido sionista revisionista (pois as táticas de extermínio usadas se diferenciam do movimento intelectual do sionismo), que hoje governam o estado de Israel”.
foto: reprodução internet
Então agora que rever a primeira coluna do nosso colaborador?
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