Nesta sexta-feira, dia 20, se comemora o Dia da Consciência Negra.
E, na figura inestimável da querida “vó Conceição”, a Conceição do Carmo Marques, nascida em 10 de abril de 1917, homenageamos todos os negros desse nosso Brasil.
Nosso país foi construído com a força, a resistência e a capacidade de sobreviver dos negros.
No sangue de qualquer brasileiro, do presidente da República ao morador de rua da maior cidade, do ator mais famoso ao morador da menor cidade do país, há o sangue, a influência e a cultura negra. Negar isso é impossível. Ou maldade.
Dona Conceição é um exemplo de vitalidade, força, humildade, bondade e amor. É um exemplo da força do negro.
Conheci Vó Conceição, como jornalista, pouco antes dela completar seus 100 anos. Era uma fonte jornalística e virou uma “avó adotada”. Sua família, virou um pouco minha também.
Em sua figura meiga, carinhosa e persistente ao tempo, homenageamos todos os negros, dos mais famosos aos mais humildes, dos mais ricos aos mais pobres, enfim; de todos que trazem na pele o orgulho de ser negro. E negro brasileiro.
Ao povo negro, sequestrado do continente africano, para aqui ajudar a constituir o povo brasileiro, nossa gratidão, nosso respeito e nosso pedido de desculpa.
Desculpa pelas piadas infames e de mau gosto, pelos crimes humanitários cometidos desde os navios negreiros, passando pelas senzalas e favelas, para a ganância do europeu que apenas pensava em explorar nossas riquezas naturais, a terra, o negro e o índio.
Desculpas quando não entendemos como pode uma mulher negra ser eleita vereadora em uma cidade com descendência europeia no sul, desculpas por piadas em grupos de whatsapp.
Ser brasileiro, necessariamente e inquestionavelmente, é também ser negro.
Viva Zumbi! Viva Dona Conceição.