Neste artigo, nosso colaborador Murilo Lisboa traz discussão sobre o tema que tem pautado o país, o fim da escala de trabalho de 6 x 1 e ainda sugere um supermangá para quem curte.
Então: boa leitura!
“Após reunir 231 assinaturas, o Projeto de Emenda Constitucional que prevê o fim da escala 6×1 (trabalhar seis dias e folgar um) obteve apoio suficiente para tramitar no Congresso Nacional.
A proposta recebeu respaldo não apenas de parlamentares, mas também de movimentos sociais e estudantis.
Eles organizaram protestos públicos a partir do Dia da Proclamação da República, em 15 de novembro.
Apenas para contextualizar:
Desde a hegemonia da relação de trabalho assalariado (onde o trabalhador vende a sua força de trabalho) como o principal meio de desenvolver e operar os meios de produção (fábricas, fazendas e serviços) o tema da jornada de trabalho é debatido no mundo.
A questão sempre foi alvo de luta política pelos trabalhadores do mundo inteiro.
Até a implementação da iluminação por meio da eletricidade, o trabalho só poderia ser realizado durante o dia, limitando a jornada de trabalho em 12 horas.
Entretanto, com o uso de iluminação artificial, foi possível aos patrões a exigirem dos trabalhadores estender suas jornadas de trabalho do início do dia até depois do anoitecer.
Desta forma, a jornada de trabalho de 70 horas era muito comum (10 horas por dia) sem descansos nos finais de semana, variando entre 60 até 50 horas por semana.
O primeiro país a estabelecer uma jornada de 8h teria sido a União Soviética para todos os empregos possíveis (7 horas para empregos de risco).
No Uruguai houve uma lei, em 1915, que tratava da jornada de 8h, mas não abrangia todos os empregos possíveis. No México, na Constituição de 1917, também se falava em todos os empregos possíveis.
Apesar de a Associação Internacional dos Trabalhadores ter definido a jornada de oito horas diárias como uma demanda central, a partir do Congresso de Genebra em agosto de 1866, somente a partir da pressão dos movimentos operários e do exemplo feito por governos operários, possibilitou a implementação desta medida, que vale ainda nos dias atuais.
Por este motivo, a luta dos trabalhadores contra a escala 6X1, é parte do processo histórico do embate de classes, na busca de aperfeiçoar um modelo de trabalho muito novo em relação à história da humanidade.
O tema é amplo e há no mundo países que já adotam a jornada menor, de 4 x 3 e com dados que apontam maior produtividade no menor tempo trabalhado.
Adotar o fim da jornada 6 x 1 dará a milhões de trabalhadores a possibilidade de terem maior qualidade de vida, mais lazer, mais tempo com a família, mais tempo para se qualificar.
Além disso, a medida pode melhorar a geração de emprego, para diversos setores que hoje “sangram” o trabalhador nessas jornadas desumanas.
Veja mais sobre a luta pelo fim da jornada 6 x 1 no link abaixo
Dica da vez: Mangá Yu Yu Hakusho: Redenção
Entre as décadas de 1980 e 1990, no auge do desenvolvimento da “selva de concreto” que é o Japão contemporâneo, as exigências nos estudos para os jovens eram imensas, enquanto as oportunidades eram escassas.
Por isso, muitos acabavam encontrando refúgio em grupos de delinquentes conhecidos como: ”yankii”.
É nesse contexto que vive Yusuke Urameshi, um jovem de 14 anos rebelde, odiado por professores, colegas e gangues rivais de sua cidade do interior.
Contudo, sua bondade é colocada à prova quando ele salva a vida de um menino de 5 anos que estava prestes a ser atropelado por um caminhão, sacrificando sua própria vida no processo.
Por causa desse ato heroico, Yusuke ganha a chance de voltar à vida, mas com uma condição imposta pela própria morte, personificada pela guia espiritual Botan: ajudar outros espíritos a se libertarem do mundo material e combater forças sombrias do mal.
Yu Yu Hakusho é um mangá japonês do lendário mangaká Yoshihiro Togashi, lançado em 1994 e atualmente publicado no Brasil pela editora JBC.
Posterior ao lançamento do quadrinho, também foi produzido o anime (animação de 112 episódios) e uma série com atores da Netflix.
Agora reveja um dos artigos do nosso colaborador