Infelizmente o drama da falta de água atinge moradores de regiões distintas e de todas as classes; no Marília moradores “adaptam rodízio” ; SAAE é procurado
Nos últimos dias a população tem contatado nossa reportagem para denunciar um problema que une moradores de um condomínio de alto poder e de outro de classe popular.
Estamos falando da falta de água dos moradores do Condomínio Haras Paineiras, na Estrada Moutonnée e também do Residencial Rio Branco II, no Jardim Marília.
Maria Emília Carvalho, que tem uma casa na Rua Apaloosa, no Haras Paineiras, diz que a água não chega em volume suficiente em sua casa há mais de 20 dias. A situação, conforme a moradora, foi revelada ao SAAE por telefone, em diversos momentos e, até pessoalmente.
Maria diz que um técnico esteve em sua casa e não conseguiu apontar a razão da caixa de água de seu imóvel não ser atendida. “É frustrante morar a metros do reservatório e não ter água. Eu escuto a água passar e ninguém descobre porque não chega na minha casa”, destaca.
Ela disse que falou no SAAE várias vezes e não lhe passaram protocolo. O seu marido esteve no SAAE na semana passada.
Outra moradora, com o pai acamado após cirurgia, diz que não tem conseguido fazer minimamente os cuidados básicos com o idoso porque a água não chega. “Já pedi no SAAE e não conseguem me enviar um caminhão-pipa para nos socorrer”, disse.
SAAE – Questionado pela reportagem do Blog do Nelson Lisboa, o SAAE não se manifestou até o fechamento desta reportagem.
O espaço segue aberto.
Moradores de condomínio popular fazem “rodízio” mas situação segue grave
Os moradores do Condomínio Residencial Rio Branco II, no Jardim Marília, estando tendo que “adaptar” um rodízio próprio para tentar fazer a água chegar nas 8 torres e nos 160 apartamentos do local. E revelam, sem sucesso.
Segundo uma moradora disse, tentaram um rodízio de meia hora, com cada torre ligando a bomba que traz água da caixa de água de 80 mil litros e não conseguiram. “A gente ligava 1 bomba e as outras ficavam paradas. Ampliamos para 1 hora e a água não chega em todos os andares”, disse a moradora L.
Segundo a moradora, com o volume baixo de água que chega ao bairro, a caixa maior pega ar e não consegue enviar água para todos os blocos, mesmo com o auxílio de bombas.
Ela diz que o SAAE sabe da situação e todos os pedidos para enviar caminhões-pipas e ampliar a reserva não estão sendo atendidos. “A gente caminhão pipa para aumentar volume na caixa grande, aumentar a pressão e a água subir até o quinto andar. Precisaria ter o rodízio para a gente se organizar e saber quando vamos ter água”, disse.
SAAE – O SAAE tenta, há semanas, encontrar pontos de vazamento na rede do Marília e também manobras para ampliar a pressão de água e com isso eliminar esses pontos problemáticos.
Em outubro de 2022 nossa página divulgou reportagem falando do rodízio na região Noroeste de Salto.