AS INJUSTIÇAS DA ATRIBUIÇÃO DE AULAS EM SÃO PAULO

Apeoesp de Salto e região
Artigo aborda a visão da entidade sobre o processo adotado pela Secretaria Estadual de Educação (reprodução)

Se você é professor ou professora, funcionário da Educação Estadual ou tem filho estudando na rede estadual, esse artigo é importante.

Veja o texto enviado pela diretoria da Apeoesp de Salto e Região

“A atribuição de aulas dos professores da rede estadual de São Paulo está mais injusta do que nunca com os professores contratados e eventuais. Todos os anos, os professores contratados em regime precário (isto é, não concursados) precisam participar do processo de escolha das turmas nas quais irão lecionar. A fila para escolher é organizada de acordo com uma pontuação que leva em conta o tempo de experiência do professor e outros critérios. Tradicionalmente, este é um processo confuso, burocrático e demorado em que os professores precisam armar-se de legislações, normas e portarias para enfrentar o assédio moral e sair do local com trabalho garantido. Mas, este ano, o desrespeito tem sido ainda maior.
O problema começa com o fato de que, pela primeira vez, a atribuição de aula está sendo 100% online, num sistema falho, restrito e ineficaz. Dessa forma, o professor ou professora não encontra um ser humano para o qual possa explicar seu problema e encontrar soluções. Tudo se resolve na impessoalidade obtusa da máquina. Pois tampouco há qualquer suporte de uma equipe de funcionários pelo telefone ou nas diretorias de ensino que possam auxiliar os professores com problemas já que as atribuições ocorrem aos finais de semana.
E muitos problemas estão acontecendo. Milhares de professores encontraram problemas em sua pontuação, o que os fez perder posições na fila da classificação. O sistema não apresenta claramente onde há aulas disponíveis para que o professor ou professora possa escolher de acordo com o endereço ou mesmo afinidade pela escola, o que fere um dos direitos do docente que é a liberdade de escolha. Além disso, algumas aulas foram atribuídas para mais de um professor ao mesmo tempo. Ou seja, o docente que pensava ter conseguido suas aulas descobriu que, na verdade, elas já tinham sido atribuídas para outra pessoa.
Quando contestada por algum professor ou professora, a Secretaria de Educação não responde dentro do prazo legal. Para piorar, a atribuição de aulas está sendo feita ardilosamente no período de recesso do Judiciário, o que dificulta mover ações e obter liminar em tempo hábil para a atribuição.
Deve-se compreender que nada disso são meras “falhas”, “erros” ou “dificuldades”. Trata-se de um projeto. A situação das escolas públicas é cada vez mais precária e o governo de João Doria, junto a seu secretário de educação Rossieli, quer enfiar os trabalhadores da educação em qualquer escola sem que possam fazer escolhas ou exigir direitos.
Por isso, exigimos que o atual processo de atribuição de aulas seja cancelado e que um novo processo seja marcado. Desta vez, presencial, de forma justa e respeitosa. Estamos mobilizando medidas jurídicas e parlamentares para isso. Ajude mobilizando, compartilhando essas informações, organizando a categoria. Basta de desrespeito aos professores. Por um processo de atribuição justo”.

Salto, dezembro de 2021.

APEOESP SUBSEDE SALTO

Fale com a Apeoesp:
– Subsede Salto, regional Itu e Porto Feliz

Rua: 24 de outubro, 849 – Vila Henrique, Salto/SP,
Cep: 13.320-250, Fone/fax: (11) 4029.5423/(11) 9.8612-6543
e-mail: salto@apeoespsub.org.br/apeoespatualizacao@gmail.com