O nosso amigo e colaborador, dr. Jades Martins de Melo, nos escreve falando sobre a existência do criminoso nato.
O Brasil assistiu assustado, por 20 dias, a perseguição de centenas de policiais para prender Lázaro, que matou uma família em Brasília e fugiu para Goiás.
Em seu caminho de fuga, praticou outros muitos crimes.
Afinal, existe o criminoso nato?
Veja os argumentos do dr. Jades.
“A criminologia é uma ciência que estuda o homem delinquente e o crime, tomando conhecido o comportamento de criminoso, os aspectos e também a personalidade do indivíduo.
O médico psiquiatra italiano Cesar Lombroso fundador da antropologia criminal procurou demostrar que algumas alterações da estrutura do cérebro produzem comportamento violento.
A sua contribuição para criminologia foi a teoria sobre o homem delinquente mediante analise de 25 mil presos das prisões da Europa, e mais seis mil delinquentes vivos é resultado de pelo menos 400 autopsias.
Com esse estudo Lombroso contatou que para esses homens e resultados de cadáveres, houve características que identifica tanto física como psicológica, o que o levou a crer que se tratavam de estigma da criminalidade.
Destas pesquisas Lombroso notou que relacionou o delinquente nato ao atavismo, portanto o médico psiquiatra afirmou que o verdadeiro delinquente era nato, e que é um o doente, isso porque nasceu assim.
Portanto, essa mente é genética e imutável, assim, hora mais, hora menos, um individuo com essas características e devido o presidio no Brasil não melhora praticante ninguém, muito pelo contrário, só piora, a prevenção é a única forma de evitar que essa pessoa faça novas vítimas.
Assim, no campo da política criminal, a segregação do meio social dos indivíduos com essas características é recomendável, o quanto antes possível.
Pelo “modus operandi” do Laércio Barbosa, do Estado de Goiás, que está em fuga pela mata há questão de 13 dias, é sim um criminoso nato, ou seja, que nasceu voltado para o cometimento de crime, e não deveria ter o beneficio que teve, após o cometimento do primeiro delito, e sim ter sido segregado, pois, sempre estará propenso a delinquir, por ser um criminoso nato”.
(Dr. Jades Martins de Melo – Pós Graduado em Direito Penal e Criminologia)
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