Eliandro Figueira RIC/PMI
Veja só que bacana: tecnologia inovadora detecta em segundos condições como miopia, astigmatismo, hipermetropia e ambliopia
A Prefeitura de Indaiatuba iniciou na última semana o Programa De Olho nos Olhos, que realizará ao longo das próximas semanas, exames de vista em 20 mil crianças da rede municipal de ensino.
Isso tudo com o objetivo é detectar precocemente alguma anormalidade que possa atrapalhar o desenvolvimento físico e educacional dessa criança e propor o tratamento adequado para cada caso.
Tudo isso vem acontecendo a partir da parceria entre a Secretaria de Saúde e a Secretaria de Educação, com uma proposta inovadora chamada Kaleidos, um equipamento que é capaz de fazer a aferição da refração binocular em segundos. O resultado fica disponível na hora.
Para o prefeito, Nilson Gaspar, essa ação melhorará ainda mais o desempenho das crianças na escola. “Quando uma criança não consegue enxergar direito o que é passado na lousa, ela se desinteressa pela escola e isso faz com que o rendimento dela caia. Identificando os problemas de vista, a gente vai poder oferecer soluções para tratar e melhorar a visão dos nossos jovens”, comentou Gaspar.
A primeira testagem foi realizada em 15 de agosto nos alunos da Emeb Prof. Wladimir Olivier, no Jardim Oliveira Camargo. Ao todo 419 crianças foram testadas e dessas, 65 apresentaram exames alterados. Essas crianças serão reavaliadas em uma unidade de saúde e a própria Secretaria de Saúde fará contato com os pais para o agendamento da consulta.
A secretária de Saúde, Graziela Garcia, confirmou o atendimento para as crianças que tiverem resultados alterados. “As crianças que apresentarem alguma alteração nos resultados, serão mapeadas pela Saúde e nós estraremos em contato com os pais para agendar uma reavaliação. Os resultados alterados não necessariamente significam problemas grandes, mas questões que precisam ser olhadas com um pouco mais de atenção”, explicou Garcia.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), na América Latina, aproximadamente 23 milhões de crianças são portadoras de miopia, astigmatismo e hipermetropia. O Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) estima que 30% do público infantil em idade escolar tem problemas refrativos – sendo a miopia um dos mais comuns – enquanto 10% das crianças na faixa dos sete aos dez anos precisam usar óculos. Dados do CBO apontam ainda que 80% das crianças brasileiras nunca fizeram um exame oftalmológico e 22,9% dos alunos que abandonam a escola fazem isso por causa de problemas relacionados à visão.
Em Indaiatuba a triagem refracional será realizada em doação pela empresa de oftalmologia Redemo para compor o projeto de pesquisa em andamento. O custo estimado do projeto é de R$ 116.618,00, que se refere aos exames que serão gerados após a primeira avaliação. Esse valor será investido como parte do dinheiro recebido de volta do Banco BVA para a Prefeitura de Indaiatuba.
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