O Brasil ficou chocado hoje quando dois adolescentes, armados com revólveres, machadinhas, besta e outras armas, invadiram uma escola em Suzano e mataram 8 pessoas, principalmente estudantes. Ao final, ao verem a polícia, ambos se suicidaram. As imagens brutais desta tragédia estão por todo lado, de um jovem, no pátio da escola, sacando um revólver e atirando contra muitas pessoas. Ao sair deste local, o outro, chega, coloca uma bolsa no chão e fere as pessoas no chão com golpes de machadinha. Cenas brutais.
Conversando com nossa amiga e leitora, a Josi Miranda, que atua na Prefeitura, ela aceitou nosso pedido e faz uma análise dela, sobre essa tragédia. Leia e deixe sua opinião, aqui em nosso site e em nosso facebook. Quer contrapor a opinião da Josi? Escreva para nós: nelsonlisboajornalista@gmail.com.
“Hoje recebemos a triste notícia do atentado em uma escola em Suzano. Eu como mãe de uma filha de 23 anos (Laura) e outra de 9 anos (Marina) me coloco na seguinte situação: “Meu Deus que tragédia!!!”. Mas essa tragédia pode ser vista de dois lados, adolescentes assassinos e adolescentes assassinados.
Quais são as vítimas? Todos eles. Eu me coloco em ambos os lados, daqueles que foram vítimas e daqueles que foram os assassinos.
Que dor tão grande os levou a se tornarem tão frios e incapazes de se comover com a dor de pais e amigos a perderem seus entes e amigos queridos?
Será que não seria o momento de olharmos com outros olhos nossos filhos e suas companhias? Já não passou da hora de procurarmos melhor entender nossos adolescentes e suas necessidades, dificuldades e adversidades neste mundo globalizado?
Um dos jovens assassinos não tem família (pai, mãe, parentes próximos). Então, quem avaliaria sua saúde emocional e psicológica?
Talvez seja o momento de pensarmos que, na ausência de pais e exemplos, nossos adolescentes ficam à mercê da rede mundial de computadores, a internet, rede essa que oferta e aceita em grupos seus erros e suas dores.
Neste momento devemos rever nossa abordagem educacional e social e começarmos a nos preocupar com a dor do próximo, para que essa dor não reflita em nossas vidas”.