Hoje é o Dia do Professor; excelente data para refletirmos sobre o que estamos fazendo com esses seres humanos imprescindíveis
Mesmo tendo passado 4 anos de escuridão e agressividade contra esses profissionais, o fato é que hoje, dia 15 de outubro, o Dia do Professor, temos pouco o que comemorar.
Se em países milenares, como no Japão, os professores são reverenciados até pelo imperador, no Brasil, a verdade que a profissão é cada vez uma profissão de risco.
E isso é culpa de todos os governantes, é culpa da mídia que embarcou, em 4 anos, na onda fascista que varreu o país e propagava perseguição, fiscalização, monitoramento de professores em salas de aulas.
Sala de aula é essencial local de ensino, aprendizagem, opiniões divergentes e possibilidades de evolução.
Qualquer excesso, de quem quer seja, é absurdo. Imposição não combina e nunca combinará com cultura, com educação, com aprendizagem.
Salto – Nesta semana o jornal Taperá trouxe em sua edição do dia 14 o relato de um professor de 48 anos que foi brutalmente – e covardemente – agredido por 2 alunos de 16 e 17 anos, com socos e chutes.
Mais dolorido que os golpes sofridos é a vergonha, é a humilhação, é o ultraje de ser vilipendiado no exercício de sua profissão que é um sacerdócio, que deve ser sagrada.
E a culpa disso tudo começa, infelizmente na família. Nós pais precisamos reaprender e depois ensinar nossos filhos a respeitarem seus professores. É o mínimo. Mas, como exigir isso se a maioria de nossas famílias está se desintegrando.
Lamentavelmente valores como respeito mútuo, respeito aos mais velhos, diálogos francos, confiança, são coisas cada vez mais raras. E nós pais também erramos aqui. Quantos de nós terceiriza o tempo que nossos filhos precisam para o celular? Quantos de nós ocupamos o tempo de convivência com a esposa ou o marido nas redes sociais?
O que não se pode dizer é que “não sabíamos”.
Retornando aos professores, temos que entender que esses profissionais hoje convivem em condições insuficientes para o pleno exercício da função, são pressionados, são desrespeitados por superiores e pelos alunos.
O fato é que o estresses, o desgaste mental, a depressão e ansiedade atingem mais de 70% dos profissionais ouvidos em uma pesquisa.
Mais que apenas valorização financeira (urgentíssima), nossos mestres querem condições para serem professores, para serem felizes no ofício sagrado que exercem.
Aos mestres, com carinho
Eu, Nelson Lisboa, jornalista, orgulhosamente sempre tive comigo que sou fruto de todos os professores e professoras que me honraram com suas vidas ao longo da minha estudantil, do ensino primário na escola da Vila Miguel (Sete Quedas – MS) e depois na Escola José Benedito Gonçalves, no Paula Santos, na Escola Leonor Fernandes da Silva e depois no Ceunsp, onde me formei jornalista.
Trago em meu espírito, em minha vida, cada lição aprendida que me permitiu sair das amarras da miséria e da condenação social à pobreza e me permitiram evoluir.
A cada um, meu amor e minha gratidão e meu orgulho de poder dizer: mais que professores, foram mestres e são meus amigos.
Veja detalhes da pesquisa CLICANDO AQUI.