Secretaria da Cultura propõe intercâmbio com Haitianos de Salto
Assistimos diariamente o horror da guerra dos russos contra a Ucrânia e o drama de milhões de ucranianos que buscam outros países para fugir dos ataques. Além dos ucranianos há milhões de pessoas de outros povos que hoje vivem como refugiados em outras nações.
O mundo, sendo assim, convive com o desafio de abrigar, acolher, alimentar e permitir a inserção social dessas pessoas atingidas pela miséria, por desastres naturais e por guerras.
Neste cenário, surge a questão: a Cultura, além de todo aparato social e econômico, pode ajudar o cidadão imigrante a se integrar melhor?
A resposta que se tenta dar em Salto é que SIM. A Secretaria da Cultura começou a se aproximar da associação que representa os mais de 500 haitianos que vivem em Salto. A ideia é colocar os cursos e oficinas da pasta à disposição dos haitianos e até adaptá-los à necessidade dos haitianos, inclusive em termos de Língua.
Além de “apresentar” a Cultura Brasileira e a de Salto, a ação visa ampliar a integração social dos cidadãos haitianos, além de lhes permitir também mostrar aos saltenses um pouco da Cultura do Haiti, um país da América Central, um dos mais pobres do mundo, comumente destruído por terremotos e que vive uma situação de insegurança social, política e civil muito grande.
O secretário Oséas Singh Jr e o chefe de gabinete Renato Bispo receberam no dia 7 o sr. Enock Merzier, presidente local da Associação para Apoio aos Haitianos no Brasil (AAHB), para tratarem de um intercâmbio cultural.
Oséas explicou a Enock a integração dos imigrantes italianos no começo do século XX e depois de migrantes nordestinos e principalmente paranaenses, na segunda metade do século passado. “Penso que nossa sociedade evoluiu e podemos fazer o acolhimento de maneira a minimizar o choque cultural” – explicou o secretário.
As propostas apresentadas a Enock serão levadas para a assembleia da AAHB e oportunamente prosseguirão com as negociações para o intercâmbio.
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