Empresa diz em nota que pandemia reduziu movimento e receita em 70%, e vem sofrendo consecutivos impactos negativos causados pelo descumprimento do contrato e pela pandemia
A população saltense já debatia o tema desde o final de semana e amanheceu hoje, dia 14, com uma nova realidade.
Além de sofrer com a falta de água (pior estiagem do século, veja aqui), os cidadãos foram surpreendidos e não conseguiram usar o transporte coletivo.
É que uma greve foi iniciada porque a empresa Auto Ônibus Nardelli vem sofrendo consecutivos impactos causados pela pandemia (redução de 70% do movimento) e dificuldades financeiras.
A empresa diz que medidas já foram tomadas, como redução do quadro, venda do setor de transporte particular e, mesmo assim, a situação se agravasse, a ponto de os motoristas iniciarem uma paralisação pela manhã. “A culpa disso deve ser do Executivo. Antes a gente via o vice-prefeito nas ruas o tempo todo. Agora não o vemos mais para enfrentar a situação ao lado do povo”, disse uma senhora, no ponto de ônibus perto da Rodoviária.
Outra senhora, que havia saído do Pronto Socorro e morava no Santa Cruz, estava há mais de 50 minutos esperando o circular e não sabia a hora que chegaria em casa. Questionada sobre transporte de aplicativo, Maria Pereira, de 55 anos, disse não ter dinheiro e que dependia da gratuidade do transporte para se locomover.
Em off, um dos motoristas em greve, disse que o prefeito deveria sentar com a empresa e ver o que pode ser feito, visto que a empresa tem sido impactada pela crise e não tem o apoio que é oferecido em outras cidades, para outras empresas.
Em nota, a empresa diz que lamenta muito a situação enfrentada pela população e que não conseguiu atender ao seu público, garantindo-lhes conforto para chegar ao trabalho ou para outras necessidades. “Em mais de 50 anos de serviços prestados à população de Salto, esta é a primeira greve enfrentada”, afirma.
A empresa deve divulgar uma nota oficial do evento. Essa mesma nota foi enviada à Câmara de Vereadores e recebida pelo presidente Cícero Landim.